quarta-feira, 11 de maio de 2011

Revalidar diploma internacional, como fazer?


Revalidar diploma internacional, como fazer? (*)


Fazer graduação ou pós-graduação no exterior é um grande passo. Requer muita organização, atenção aos editais, as normas de cada país, de cada instituição, uma boa fluência na língua e estar muito informado sobre os processos. Mas, ao mesmo tempo, fazer um curso de graduação ou pós-graduação no exterior também é um diferencial, uma ótima oportunidade para estar em imerso em outra cultura, pensar e compreender a visão do outro e desenvolver a capacidade de aplicar aquilo que você aprendeu para diversas realidades.

Nós já comentamos um pouco sobre o que é estudar no exterior. Agora vamos ajudar vocês a se organizar para conseguir sua revalidação de diploma acadêmico emitida no exterior!

No entanto, lembrem-se que esse é um processo duplo, para se matricular em um curso de Graduação ou Pós-graduação você tem que legalizar seus diplomas, ou conclusão do Ensino Médio realizados no Brasil, isso pode ser feito na embaixada do país para o qual você pretende embarcar (e traduzir esses documentos), ver como são as regras do país e, se for necessário fazer um pedido de visto de estudante. A 'segunda parte' acontece no seu retorno ao Brasil, depois de ter realizado graduação ou pós-graduação no exterior, que é quando você precisa fazer a validação do diploma para o Brasil.

Hoje vamos falar sobre a revalidação de um diploma emitido no exterior para o Brasil, ou seja, como é o processo no retorno de seu estudo no exterior.

A primeira coisa que vocês devem ter em mente é que o processo não é muito rápido e requer organização, por isso tenham calma e estejam preparados, que no final vale a pena!!

Informações Iniciais:

  • No Brasil, o órgão responsável para fazer a revalidação de diploma emitido no exterior são as Universidades Públicas

  • Cada universidade tem um calendário e um tramite para fazer a revalidação do diploma

  • As universidades cobram uma taxa administrativa para fazer esse serviço, que pode variar entre cada instituição.
  • O prazo para a universidade se manifestar sobre o requerimento de revalidação é de 6 meses, a contar da data de entrada do documento
  • O Brasil não possui acordo de reconhecimento automático de diplomas. Ou seja, as regras são as mesmas para todos os países.

  • Os alunos do curso de medicina tem uma regulamentação diferenciada, valendo o mesmo princípio de que somente universidades públicas podem fazer a revalidação de diploma e que cada instituição tem autonomia para adotar seu procedimento. No entanto, no começo desse ano o Ministério da Educação criou um exame para a revalidação do diploma e algumas universidades aderiram a um novo programa de revalidação, chamado Projeto Piloto (veja mais aqui)


Faça uma análise do seu curso

Antes de escolher o curso que você deseja fazer no exterior, faça uma comparação e uma análise da grade curricular do curso equivalente no Brasil (somente nas Universidades Públicas), quanto mais semelhanças tiver seu curso do exterior com o curso no Brasil, mais fácil será seu processo de revalidação.

Documentos necessários

Os documentos necessários para fazer a revalidação de seu diploma são: seu diploma autenticado pela embaixada brasileira, histórico escolar, descrição das disciplinas cursadas com menção ou nota e as horas ou créditos de cada uma. Além de seus documentos pessoais.

Antes de voltar para o Brasil

Com exceção de estudantes que realizaram seus estudos na França e na Argentina, todos devem buscar a Embaixada Brasileira no país de origem de seus estudos e pedir para que seu diploma seja autenticado. As Universidades Brasileiras precisam dessa autenticação e da tradução de seu diploma para iniciar o processo de revalidação.

Quanto a validação

A instituição pública que faz a análise de seu curso emitido no exterior tem a possibilidade de revalidar o seu diploma diretamente, ou ela pode pedir para que você realize exames complementares ou mesmo que curse algumas disciplinas que eles julgaram ser necessária.

Normalmente os cursos de graduação tem um pedido maior de complementação do que os de pós-graduação e, nos dois casos os exames extras e as disciplinas extras que devem ser cursada tem um custo pré-determinado pelas universidades brasileiras.

Pós-graduação

No caso de pós-graduação o MEC também diz:

Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (nº 9.394 de 1996), Art. 48, § 3º, os diplomas de mestrado e de doutorado expedidos por universidades estrangeiras só poderão ser reconhecidos por universidades que possuam cursos de pós-graduação reconhecidos e avaliados, na mesma área de conhecimento e em nível equivalente ou superior.


Por isso vejam e obtenham informações sobre o curso que deseja fazer no exterior, para certificar que ele é reconhecido. Para essa informação a embaixada do país de destino também pode ser uma boa fonte.

Exercício da Profissão

Fiquem atentos pois muitas vezes a validação do diploma não é o bastante para o exercício da profissão. No caso de profissões regulamentadas, como direito por exemplo, é necessário que você se inscreva no cadastro profissional da sua área que seja mantido por organizações e associações competentes.

Quanto custa?

O valor pode variar de acordo com cada instituição e, existe uma taxa de inscrição mais as taxas referentes a cada disciplina ou exame adicional que você deve fazer.

A USP, por exemplo cobra uma taxa de R$1530,00, tanto para cursos de graduação como para cursos de pós-graduação.

A Unicamp cobra uma taxa de R$771,00 (inscrição) + R$248,00 (registro) para alunos que queiram validar o programa de graduação e; R$1002,00 (inscrição) + R$323,00 (registro) para alunos que queiram revalidar seu diploma de pós-graduação.

As taxas de cada disciplina ou exame também são variáveis de acordo com cada instituição, a Unicamp, por exemplo, cobra uma taxa de R$184 para cada disciplina ou exame de graduação e R$240,00 para cada disciplina de pós-graduação.

Dica Extern

As dicas são, analise e se organize bem antes mesmo de escolher o curso de deseja fazer no exterior, mas não desanime! Uma experiência fora é muito valorizada e, representa uma grande experiência e aprendizado para o aluno.


Fontes:







*essas informações foram extraídas dos sites oficiais das instituições e o Extern 360 não se responsabiliza por possíveis mudanças nas regras.

3 comentários:

  1. Deseja revalidar seu diploma do Exterior entre em contato: octaviohanger@gmail.com

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  2. Senhores(as)
    Venho com esta comunicar-lhes a respeito de minha indignacao com a lesgilacao brasileira no que diz respeito a revalidacao de diplomas.
    Eu e minha esposa viemos para os EUA no final da decada de 80 em busca de nova oportunidades de trabalho e melhor qualidade de vida. Felizmente conseguimos tudo isso. Porem 20 anos se passaram e resolvemos a voltar para o nosso Brasil antes da copa de 2014.
    Eu me formei em Engenharia em tecnologia eletronica em 1993(Eletronic Engineering Technology). Sai do Brasil formado como Tecnico em eletronica(CEFET-MG) e com 3 anos de experiencia na area. Logo apos a minha formatura nos EUA recebi uma proposta para trabalhar como Engenheiro de Campo para uma empresa da alemanha. Mas eu esperei um pouco mais, pois nesse trabalho tinha que viajar bastante. Aceitei uma proposta de uma multinacional na area de telecomunicacoes, no ano seguinte para trabalhar em Chicago como Analista de produto. Eu tenho um carinho especial com o diploma de Engenharia em eletronica porque gracas a esse diploma eu recebi o meu green card e ao mesmo tempo um reconhecimento do Senado Americano como estudante do ano em minha escola. Esta citation do senado Americano tambem guardo com muito carinho.
    Adorei a minha carreira e consegui fazer meu pe de meia com alguns anos de esforco, ja ha quase 20 anos trabalho para a mesma multinacional. Veja que nao eh facil se manter em uma empresa de tecnologia dentro dos EUA por tanto tempo. Quantos americanos ja se foram nos famosos layoff.
    Em 2010 obtive um segundo titulo em Adimistracao Tecnica (Technical Management). Eu aproveitei que a compania custiava meus estudos em cursos de graduacao e nao a nivel de mestrado e adquiri bastante conhecimentos na area de adiministracao e redacao tecnica.
    Logo apos minha formatura recebi uma proposta para trabalhar na filial da minha empresa em Sao Paulo. Porem, eu nao poderia exercer um cargo equivalente ao meu aqui, pois o Gerente pediu o CREA. O gerente me sugeriu revalidar meus diplomas. Assim o fiz. Em uma das viagens ao Brasil em 2011 eu dei entrada com a documentacao na UNIFEI de itajuba. Tambem, na mesma epoca conversei com o coordenador de curso da UFOP de Ouro Preto. O coordenador me aconselhou a nao entrar com a documentacao porque achava que a comissao que julga os diplomas estrangeiros iria negar a revalidacao. O Brasil nao tem curso superiores especificos em eletronica, que sejam registrados pelo MEC. Tambem, o curso mais proximo de adiministracao tecnica seria Engenharia de Producao.
    Tentei revalidar meu diploma de Engenheiro Americano na UNIFEI para Engenharia Eletrica e me foi negado. Nada fora do comum. As estatisticas nao sao das melhores. De cada 100 diplomas que a USP avalia para revalidacao 70 sao negados. Tenho aqui comigo todos os documentos originais que menciono nesse texto para comprovar o texto do indeferimento. Pela legislacao do Brasil, eu teria o direito de pelo menos ser testado ou fazer cursos complementares para obter o titulo no Brasil.
    Tambem fiz a inscricao em varias entidades privadas do Brasil afim de obter um Segundo titulo. As escolas superiores no Brasil tem uma opcao de segunda graduacao. Nesta inscricao, o aluno portador de titulo pode requerer uma avaliacao de classes para nao se repetir o que ja teve no curriculo anterior. As escolas nas quais eu fiz minha inscricao nao aceitaram meu diploma Americano e tambem nao permitiam que eu cursasse mestrado na instituicao. Bastante estranho, pois o principio de riprocidade nao esta sendo cumprido. Qualquer portador de titulo no Brasil tem as portas abertas em qualquer Universidade Americana seja a nivel de graduacao ou a nivel de mestrado. A unica coisa que se pede por aqui eh uma traducao dos cursos, e o mesmo tradutor indica na traducao uma equivalencia de titulo no diploma. E obiviamente a instituicao pode pedir um estudo complementar de materias que sao exclusivamente relacionadas ao mercado dos EUA. No caso de medicina, sao aplicados testes e aulas complementares.

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  3. A grande vilan de riprocidade eh a propia lei.

    penalizado por uma lei tao banal.
    No caso de minha esposa eh ainda mais gritante.
    Ela se formou no Segundo grau aqui e tambem eh brasileira. Antes de minha vinda para Chicago , minha esposa ingressou em um curso superior de enfermagem em Boston. Nos nos separamos por 3 meses porque ela nao poderia abandonar os estudos no meio do caminho, e me acompanhar da noite para o dia. Assim ela terminou um semestre em Boston e veio para Chicago.
    Em 2000, ela se formou como enfermeira e se sentiu muito orgulhosa por conseguir isso, pois, foi a primeira na geracao de sua familia a ter um diploma universitario. Ela consegiu passar nos testes da associacao de enfermagem Americana na primeira tentativa e hoje eh Enfermeira chefe em um hospital de Chicago. Depois de mais de 10 anos na profissao, ela recentemente obteve um mestrado em ensino de enfermagem. Em 2011, minha esposa deu entrada para revalidacao de diploma de graduacao estrangeiro na USP. Praticamente ao mesmo tempo, ela foi chamada para ser professora de enfermagem em duas faculdades publicas em Chicago.
    Como nao poderia deixar de ser em janeiro de 2012 veio o balde de agua fria . A USP negou revalidar o diploma de Graduacao de minha esposa. No texto anexo da USP podemos perceber onde alegam que minha esposa mudou de escolas. Aqui eh muito comum vc mudar de municipio e ter que trocar de escola para manter os precos dos estudos. Chegaram a dizer tambem que o o curriculo nao tem essa classe ou aquela. Eu acho bastante dificil uma escola nos EUA ter exatamente o mesmo curriculo que uma escola no Brasil. A comecar pela carga horaria. A maioria dos Bacharels aqui tem uma media de 2100 horas sem estagio. Enquanto no Brasil sao mais de 3100 horas sem estagio. De cara 30% do curso nao existe.
    Em 2006 minha Irma veio para os Estados Unidos. Ela foi formada em odontologia pela UNIUBE e trabalhou varios anos para o governo brasileiro no Amazonas cuidando da saude dos nossos indios na cidade de Leticia no extremo oeste do Amazonas. A minha irma tem um sonho de cursar mestrado em uma instituicao nos EUA. Mas percebeu que o ensino universitario aqui eh carissimo. Nao deixando o sonho para tras, depois que ela se casou com um cidadao Americano, ela optou em fazer faculdade de enfermagem e trabalhar como enfermeira para custear o mestrado de odontologia.
    Nao deixando de mencionar, hoje a minha irma eh aluna na faculdade em que minha esposa leciona enfermagem. Um pequeno exemplo, para mostrar que as duas brasileiras sao de se orgulhar. Tambem podemos perceber que ninguem eh barrado de continuar seus estudos nos Estados Unidos. Ela tambem poderia ser dentista se quiser complementar estudos, e pagar a complementacao, que seria bem mais cara do que o curso de enfermagem.
    Recentemente, a presidente Dilma lancou um programa que se chama tecnologia sem fronteiras. Este programa fomenta a exportacao de estudantes brasileiros para outros paises, inclusive os EUA. Sao mais de 70000 bolsas em 4 anos. Eu acho uma excelentissima idea. Contudo, baseado em nossa legislacao atual esse programa eh illegal. O que eh legal para 7000 deveria ser legal para todos.
    No programa, o estudante pode fazer parte dos estudos aqui e parte dos estudos no Brasil. Com isso as classes que foram feitas em escolas no EUA seriam validas automaticamente no Brasil. Neste caso estariam indo contra a legislacao. Como ja coloquei aqui, as escolas nao revalidam parte de um curriculo, mas sim o curriculo inteiro. E na maioria das vezes nao tem meio termo. Eh sim ou nao.
    Desde ja peco desculpa pela falta de acentos nessa redacao. Estou escrevendo em um PC fora do Brasil usando um teclado para o idioma ingles.
    Se vc leu o texto e este assunto lhe interessa, entre em contato com ourominas@yahoo.com
    Vamos lutar nas redes socias para um Brasil melhor.

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